domingo, 1 de fevereiro de 2009

UMA DEFINIÇÃO PARA APOSTASIA - quem enviará os sinais e maravilhas do engano?

Teóphilo Noturno

INTRODUÇÃO

Tenho estudado a Bíblia: tenho a mania do “código de cores” também no mundo real e vou pintando o meu novo exemplar da Bíblia Apologética de modo a facilitar a consulta por temas, ou seja, tudo o que é dourado se relaciona a dízimos e finanças, tudo o que é vermelho se relaciona ao inimigo (Satanás, demônios, falsos profetas...); tudo o que é roxo aponta o final dos tempos... e assim prossigo.

Fazer tal exercício é um prazer: a leitura da palavra de Deus sempre é útil e acaba nos ensinando mais sobre seu próprio significado. Dessa vez, por exemplo, eu fui esclarecido sobre o que deve ser a apostasia do final dos tempos. Vejamos o texto:
“Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.” (II Tessalonicenses 2:1-12)

Tomei a liberdade de sublinhar os textos mais relevantes a este estudo e, através da própria palavra de Deus, vamos buscar uma melhor compreensão do que tem sido a apostasia. Notem bem que este estudo não é sobre o anticristo e nem vou abordar a reconstrução do templo (principalmente porque já abordei um pouco sobre tais assuntos em outros textos): vamos falar sobre as igrejas de nossos dias, seu enfraquecimento e quem é o responsável por isto.

A PALAVRA “APOSTASIA”
Segundo a definição do site Bíblia on line, a palavra “apostasia” significa “Ato de desviar-se ou afastar-se do relacionamento com Deus”. O dicionário Aurélio corrobora com tal definição:
Apostasia (do grego apostasia) — Substantivo feminino.
1. Separação ou deserção do corpo constituído (de uma instituição, de um partido, de uma corporação) ao qual se pertencia.
2. Abandono da fé de uma igreja, especialmente a cristã.
3. Abandono do estado religioso ou sacerdotal.
Ora, a primeira idéia que me ocorre ao ler tais explicações é que as igrejas vão ficar vazias... afinal, parece que todos vão se desviar, se afastar ou abandonar suas igrejas.
Mas, por favor, observemos com mais atenção as palavras de Paulo, principalmente os versos 10 e 11 de II Tessalonicenses 2: ele menciona sinais e prodígios de mentira sendo apresentados, assim como engano para os que perecem porque não receberam o amor da verdade.
De sinais e prodígios de mentira as igrejas já estão repletas! Acho melhor nem começar a citar exemplos absurdos das heresias criadas para enganar aqueles que têm preguiça de conhecer a palavra de Deus, mas o simples fatos de alguém estar anunciando sinais, prodígios, avivamentos (... ou qualquer uma dessas novidades “best-sellers” modernas) já é motivo suficiente para que devamos desconfiar do que pode ser encontrado, principalmente diante das palavras de Jesus Cristo:

“Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” (Mateus 24:23-24)
Nós não estamos mais em “tempo de festa”! Muito pelo contrário: de acordo com a palavra de Deus e os sinais que, segundo ela, devem ser observados, nós estamos claramente vivendo os últimos dias. Sobre isso eu já fiz um estudo e mantenho um weblog.
Ora, você pode dizer, mas tais movimentos antibíblicos só têm colaborado para trazer mais pessoas para as igrejas! A cada dia mais e mais pessoas se convertem através do uso de tais técnicas... Certamente isso só pode ser de Deus!
Desculpe-me, amado irmão, mas não pertence ao homem e nem às suas técnicas o poder de convencer o pecador. A conversão genuína não ocorre quando prometemos mentiras. Sobre esse assunto vou transcrever um pequeno trecho do excelente texto escrito por Ray Comfort e que chegou até minhas mãos através do Evangelista Ewerton:

O SEGREDO MAIS BEM GUARDADO DO INFERNO

A tragédia do evangelismo moderno é que, na virada do século XX, quando a lei de Deus foi abandonada e desprezada em sua capacidade de converter a alma, de conduzir os pecadores a Cristo, os defensores do evangelismo moderno tiveram que encontrar outra razão para os pecadores responderem ao evangelho. E a maneira que os evangelistas modernos encontraram para atrair tais pecadores foi a estratégia da “melhoria na qualidade de vida.” O Evangelho foi degenerado para algo como: “Jesus Cristo vai te dar paz, alegria, amor, realização pessoal e felicidade duradoura.” Agora, para ilustrar a natureza antibíblica deste ensinamento tão popular, gostaria que vocês escutassem com bastante atenção a seguinte anedota, pois a essência do que estou ensinando baseia-se nesta historinha que vou contar. Então, por favor, escutem atentamente:
Dois homens estão sentados em um avião. Ao primeiro é dado um pára-quedas e é orientado a colocá-lo, pois, o pára-quedas melhoraria a qualidade do seu vôo. Ele fica um tanto cético no início porque não consegue ver como o fato de usar um pára-quedas em um avião poderia melhorar a qualidade de seu vôo. Depois de um certo tempo porém, ele decide experimentar para ver se o que lhe havia sido dito era mesmo verdade. Então, quando ele coloca o pára-quedas, ele nota o peso sobre seus ombros e descobre que tem dificuldade para sentar-se direito. Mesmo assim, não tira o pára-quedas de imediato, pois se consola com o fato de que lhe foi dito que o pára-quedas melhoraria o seu vôo. Assim, ele decide dar um tempinho para ver se a tal coisa funciona mesmo. Enquanto espera, percebe que alguns dos outros passageiros estão rindo dele, pelo fato de ele estar usando um pára-quedas em pleno vôo. Ele começa a sentir-se um tanto humilhado. Quando os outros passageiros começam a apontar e rir dele, ele não agüenta mais! Então, encolhe-se em sua poltrona e arranca o pára-quedas, jogando-o ao chão. Desilusão e amargura preenchem o seu coração, pois, pelo que parece, contaram-lhe uma mentira absurda!
O segundo homem também recebe um pára-quedas, mas escutem só o que lhe é dito: “Coloque este pára-quedas, pois a qualquer momento você terá que saltar deste avião e nós estamos a 25.000 pés de altura.” Ele fica muito agradecido e coloca logo o pára-quedas; Nem percebe o peso do objeto sobre seus ombros, muito menos se incomoda com o fato de que não consegue sentar-se direito, pois sua mente está ocupada (ou até mesmo consumida) pelo pensamento do que aconteceria se saltasse sem o pára-quedas.
Vamos analisar o motivo e o resultado da experiência de cada um dos passageiros. O motivo do primeiro homem para colocar o pára-quedas foi apenas para melhorar a qualidade de sua viagem. O resultado da experiência foi que ele se sentiu humilhado pelos passageiros, ficou desiludido e bastante amargurado em relação àqueles que lhe deram o pára-quedas. Ele precisará de um longo tempo para recuperar-se da experiência e, possivelmente, nunca mais vai aceitar uma coisa daquelas novamente. O segundo homem colocou o pára-quedas simplesmente para escapar do salto para morte e, devido ao conhecimento do que aconteceria se saltasse despreparado, ele tem uma profunda alegria e paz no coração, pois sabe que será salvo de uma morte certa e terrível. Tal conhecimento dá-lhe a habilidade de suportar o escárnio dos outros passageiros. Sua atitude em relação a quem lhe ofereceu o pára-quedas é de profunda gratidão.
Agora, escutem o que os métodos de evangelismo moderno dizem. Eles dizem assim: “Coloque o Senhor Jesus Cristo. Ele te dará amor, alegria, paz, realização pessoal e felicidade duradoura.” Em outras palavras, “Jesus melhorará a sua viagem.” Dessa maneira, o pecador responde ao apelo de um modo experimental e coloca [veste] o Senhor Jesus para ver se a “propaganda” é verdadeira. E o que vem sobre ele? Tentação, tribulação e perseguição. Os outros passageiros escarnecem dele. O que ele faz, então? Arranca o Senhor Jesus e joga ao chão, pois se sente ofendido por causa da Palavra (Marcos 4.17). Ficou desiludido e bastante amargurado, e com razão. Pois, prometeram-lhe paz, alegria, amor, realização e felicidade duradoura, e tudo o que conseguiu foram provações e humilhação. Então, ele passa a apontar sua amargura em direção àqueles que lhe deram as tão famosas “boas novas”. Seu último estado é pior do que o primeiro: outro desviado inoculado e amargurado.
Santos, ao invés de pregar que Jesus melhora a qualidade do vôo, nós deveríamos estar alertando os passageiros que eles terão que pular do avião. Ou seja, “que está determinado ao homem morrer uma só vez, e que depois disto virá o julgamento.” (Hebreus 9:27). E aí, quando o pecador entender as horríveis conseqüências por quebrar a Lei de Deus, ele correrá para os braços do Salvador para escapar da ira vindoura. E, se formos testemunhas verdadeiras e fiéis, é isso que deveremos pregar: que existe uma ira vindoura; que Deus “ordena a todas as pessoas em todos os lugares que se arrependam” (Atos 17:30). Por que se arrepender? “Porque Ele estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça” (vs. 31). Entenda que a questão não é sobre felicidade, mas sim, justiça. Não importa o quanto o pecador possa estar sendo feliz ou o quanto ele possa estar aproveitando [curtindo] “os prazeres passageiros do pecado” (Hebreus 11.25) Sem a justiça de Cristo, ele perecerá no dia da ira. “De nada aproveitam as riquezas no dia da ira; porém a justiça livra da morte.” (Provérbios 11.4). Paz e Alegria são frutos legítimos da salvação, mas não é legítimo usar tais frutos como propaganda para a salvação. Se persistirmos em fazer isso, os pecadores responderão à mensagem com um motivo impuro, desprovidos de arrependimento.
Agora, vocês conseguem lembrar porque o segundo passageiro tinha alegria e paz no coração? Era porque ele sabia que o pára-quedas ia salvá-lo da morte certa. E como crente, como Paulo diz, eu tenho “alegria e paz em crer” (Romanos 15:13), porque sei que a justiça de Cristo me livrará da ira vindoura. Agora, com esses pensamentos em mente, vamos analisar com cuidado um incidente a bordo do avião. Aparece uma aeromoça novata. Ela carrega uma bandeja com café fervendo [de tão quente]. É o seu primeiro dia de trabalho. Ela quer que este dia fique marcado na mente dos passageiros, e consegue seu intento, pois conforme está andando pelo corredor, tropeça e despeja café quente no colo do nosso segundo passageiro. Qual a reação dele ao sentir o líquido fervente queimar a sua pele? Será que ele grita: “Aaaaaii! Que dor!” A-hã, ele sente a dor. Mas será que arranca o pára-quedas e o joga ao chão? Será que ele esbraveja dizendo: “Droga de pára-quedas!”? Não. Por que ele faria isso? Ele não colocou o pára-quedas para melhorar a qualidade de seu vôo. Ele colocou para salvá-lo da morte certa. Por isso, o incidente faz com que se agarre ainda com mais força ao pára-quedas e mal consiga esperar a hora de saltar.
Então, se “colocarmos” o Senhor Jesus pelo motivo correto, isto é, para escapar da ira vindoura, quando vier a tribulação, quando o vôo ficar turbulento, nós não ficaremos com raiva de Deus e nem perderemos nossa paz e alegria. Por que faríamos isto? Não aceitamos Jesus para melhorar nosso estilo de vida: nós o aceitamos para fugir da ira vindoura. Portanto, ao invés de nos irarmos, a tribulação conduz o verdadeiro crente para mais perto do Salvador. E, infelizmente, temos literalmente, multidões de pessoas que se professam Cristãos, mas que perdem sua alegria e paz quando o vôo fica turbulento. Por quê? Porque são o produto de um evangelho humanista. Estes crentes vêm a Jesus sem arrependimento, sem o qual não há salvação.

Confesso que após ler este trecho me descobri com os olhos marejados de lágrimas, pois é exatamente na promessa da “viagem melhor” que tem se baseado a maior parte do evangelismo que vejo acontecendo.
Mas alguém pode pensar: de um jeito ou de outro, pelo menos encher as igrejas impede a apostasia, não é mesmo?
Resposta ERRADA! Veja, no verso 11, o que faz as pessoas perecerem: perecem porque não receberam o amor da verdade! E o que é esse “amor da verdade”? Ora, se você não sabe, leiamos juntos:

“A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade” (Salmos 119:142)
“Tu estás perto, ó Senhor, e todos os teus mandamentos são a verdade” (Salmos 119:151)
“Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17:17)
Vejam que “receber o amor da verdade” é uma analogia a se esforçar para receber o conteúdo da palavra de Deus e conhecê-lo! Isso implica em ter uma atitude semelhante àquela que os bereanos tomaram, conforme relata Atos 17:10-11... e isso poucos se dispõem a fazer: hoje a maioria se contenta em seguir as “fórmulas mágicas” que prometem te ensinar como conseguir “tudo de Deus”.

AS DUAS PORTAS

O raciocínio acima ganha uma explicação complementar ao lermos a passagem onde Jesus Cristo cita as duas portas. Vejamos:

“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?” (Mateus 7:13-16)

Antigamente eu pensava que a porta larga era o mundo e a porta estreita era a igreja e talvez muita gente pense dessa forma até hoje... mas consideremos o seguinte raciocínio: o ato de “entrar por uma porta” já indica a intenção de ir a algum lugar, correto?
Então comecei a perceber que as pessoas do mundo não são aquelas que entram pela porta larga... os pecadores nem tentam entrar em porta alguma! Eles preferem passar bem longe de qualquer uma das duas portas. Logo, quem entra pela porta larga são aqueles que têm uma intenção inicial de buscar a Jesus, mas que não enfrentam as dificuldades inerentes a esta busca... simplesmente crêem que podem fazer de tudo o que lhes der na telha e Deus estará aceitando qualquer tipo de “fogo estranho”...
E não adianta dizer que as intenções dessas pessoas são puras, que são inocentes por estarem sendo guiados por um pastor incompetente ou que Deus recebe qualquer tipo de adoração: a Bíblia mostra que a inocência do ser humano não o exime de culpa perante Deus:

“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” (Isaías 64:6)
E que também o fato de uma pessoa estar sendo enganada (levada por caminhos estranhos porque crê na palavra de um falso mestre) não torna a culpa de sua complacência criminosa imputável a ninguém mais além de a si mesma e de sua indisposição (não se esforçar) para “receber o amor da verdade”:
“De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” (Romanos 14:12)
Ou seja, grande parte dessa multidão que está lotando as igrejas atuais está mesmo destinada a ser enganada se não perceber que tem de entrar o mais rápido possível pela porta estreita, ou seja, buscar logo conhecer a verdade contida nas Escrituras.
Notem que logo após a menção às portas Jesus menciona justamente os lobos devoradores que são os atuais falsos profetas: a Bíblia não foi escrita por coincidências! Se você, amado irmão, está percebendo que seu líder se importa mais com a quantidade do que com a qualidade de seus frutos (ou seja, quer ver a igreja cheia, mas não se importa que a grande maioria desse público seja composta por espinhos e abrolhos), tenha muito cuidado! Nesse caso eu não posso fugir a regra de citar apenas o conteúdo bíblico:
“Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, Sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado.” (Tito 3:10-11)
“Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais.” (I Timóteo 6:3-5)
“Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai pois dentre vós a esse iníquo.” (I Coríntios 5:11-13)
Imagino que nesse ponto do estudo alguns irmãos já devam estar muito mais do que chocados, porém é meu dever informar que a tolerância generalizada e o conceito de “amor permissivo” apresentado como base para a existência de algumas igrejas não são o “amor” ao qual a palavra de Deus se refere! Aliás, as pessoas têm confundido cada vez mais Deus com o tal Papai Noel... e, por favor, esse é um dos piores enganos em que um ser humano pode incorrer! Dizer “não julgar para não ser julgado” é uma forma de distorcer a verdade bíblica! Veja o que Jesus Cristo diz:
“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” (João 7:24)

Ora, sendo a “reta justiça” chamada de “palavra de Deus”, temos acima uma lição para que não utilizemos parâmetros humanos e estéticos para julgamento, mas sim o parâmetro apresentado por Deus. Tal recomendação ampara outro texto importantíssimo:
“Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem.” (Romanos 2:1-2)
As regras do jogo estão claras e escritas da mesma forma a quase dois mil anos, porém o ser humano vive inventando novidades para distorcer a verdade e apresentar um evangelho mais “agradável”, mais “popular”... nada além de enganação, psicologismo, humanismo e heresias. Deus é amor, porém é também justiça! E, volto a repetir, justiça baseada apenas nos moldes da palavra de Deus e nunca na avaliação humana (vide Isaías 64:6).
Hoje as pessoas não conhecem a genuína fé que é recomendada por Deus, porém vivem em busca de sinais que fortaleçam suas experiências pessoais... que justifiquem sua “fé” de meia tigela. Dedicam-se incansavelmente a buscar sinais e prodígios, esquecendo-se de uma importante citação bíblica:

“Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 10:16-17)
Que impressionante! Voltamos a citar a Bíblia como base da fé. Note que não servem os trechos fora de contexto (tão comumente utilizados pelos pregadores e escritores da moda) e muito menos as frases de efeito (embutidas nas populares canções “gospel”). O poder da fé está no estudo e na compreensão da palavra de Deus: pode não ser tão sonora e nem te agradar tanto, mas É A VERDADE!
Se tal verdade for conhecida e o verdadeiro evangelho divulgado... vai ser o pior período para as igrejas que dependem das grandes multidões para sustentar seus prédios luxuosos e os salários astronômicos de alguns líderes “estrelas”. Quem vai assistir programas de TV e rádio baseados em fábulas e não na sólida fundamentação bíblica? E essas músicas absurdas? Isso causaria a falência de toda uma “indústria gospel”, construída ao redor da ignorância, do fanatismo e das superstições de um povo que prefere ser estúpido a se salvar pelo conhecimento da palavra de Deus.
Agora, o fato mais curioso de toda esta história é que quem vai afundar ainda mais esse povo em seus enganos não vai ser Satanás, mas sim o próprio Deus! Veja a verdade em II Tessalonicenses 2:11-12:

“E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.”
Ou seja, da próxima vez em que encontrar pessoas estupefatas pelas árvores douradas (ou prateadas), ou impressionadas com as bolas de fogo, os sapateados, as quedas, os “arrebatamentos”... só me resta admitir que tudo isso vem de Deus... e vem mesmo!
O problema é o objetivo... (para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade)
Isto me deixa atônito... pois este é meu primeiro estudo onde eu, sinceramente, gostaria de estar errado: era muito mais fácil pensar que 100% dos erros eram operados apenas por Satanás. Num país onde as pessoas alfabetizadas mal sabem ler e, ainda por cima, detestam a leitura... quantos se salvarão? Quantos compreenderão a palavra de Deus de forma correta?
Me preocupo com estes que andam fazendo e vivendo à base de grandes sinais e prodígios, pois já sei exatamente as “falas” do diálogo que terão com Deus no dia do juízo:
“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mateus 7:22-23)
Então, amados, concluo este estudo recomendando que se preocupem mais em conhecer a verdade, em discernir os enganos plantados... em buscar a salvação mediante o conhecimento da verdade e a conseqüente santificação. Apostasia não significa que a igreja ficará vazia de pessoas, mas sim vazia do verdadeiro Espírito Santo de Deus... vazia de cristãos genuínos e conhecedores da verdade, dispostos a lutar pela veracidade da palavra e seguir suas ordens:
“Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.” (II Timóteo 4:1-5)

Que Deus nos abençoe, proteja, guie e, principalmente, aumente nossa fé nestes que se mostram (mediante o cumprimento das profecias) como os últimos dias.
Teóphilo Noturno

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

"Soberania Divina" versus "doutrina da prosperidade"

Por Paulo Romeiro

A soberania de Deus é a doutrina que afirma que Deus é supremo, tanto em governo quanto em autoridade sobre todas as coisas. Nos círculos dos "ensinos da fé", ela não é levada muito a sério. Verbos como exigir, decretar, determinar, reivindicar freqüentemente substituem os verbos pedir, rogar, suplicar etc. Ao comentar João 14:13, 14, que diz: "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei", Kenneth Hagin afirma:
A palavra "pedir" também significa "exigir". "E tudo quanto exigirdes em Meu nome, isso [Eu, Jesus] farei". Um exemplo disto é registrado no terceiro capítulo de Atos, quando Pedro e João estavam à Porta Formosa. Já demonstramos que Pedro sabia que tinha algo para dar quando disse ao aleijado: "Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou". Então Pedro disse: "Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!" Pediu, ou exigiu, que o homem se levantasse em nome de Jesus.¹
No Novo Testamento grego, o verbo "pedir", que aparece em João 14:13, 14 é aiteo. De acordo com W. E. Vine, aiteo sugere a atitude de um suplicante, uma petição de alguém que está em posição menor que a daquele a quem é feita a petição, como em Mateus 7:11 (uma criança pedindo a seu pai) e Atos 12:20 (vassalos fazendo um pedido ao rei). Este verbo aparece muitas vezes nas epístolas, como em Efésios 3:20; Colossenses 1:9, Tiago 1:5, 6; 1 João 5:14, 15. Em todas estas passagens seria impossível substituir o verbo "pedir" por "exigir".
Outro verbo usado no grego para pedir é erotao. Vine diz que o seu uso sugere que o suplicante está no mesmo pé de igualdade ou familiaridade com a pessoa a quem é feito o pedido. E usado, por exemplo, para um rei fazendo um pedido a um outro rei (Lucas 14:32). Vine continua:
...É significativo que o Senhor Jesus nunca usou aiteo no sentido de fazer um pedido ao Pai. "A consciência de sua igual dignidade, de sua intercessão potente e vitoriosa, é demonstrada nisto, que sempre que Ele pede, ou declara que Ele pedirá qualquer coisa ao Pai, sempre usa erotao, isto é, um pedido em termos de igualdade, João 14:16; 16:26; 17:9, 15, 20; e nunca aiteo".²
Em Atos 3 (citado por Hagin, acima), o paralítico era colocado diariamente à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola. Novamente, o verbo "pedir" desta passagem no grego do Novo Testamento é aiteo (v. 2). Estaria então o paralítico exigindo uma esmola das pessoas? Ora, esmola não se exige, pede-se, e com muita humildade.
Em seu livro, O Direito de Desfrutar Saúde, R. R. Soares declara:
Usar a frase "se for a Tua vontade" em oração pode parecer espiritual, e demonstrar atitude piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar nada, destrói a própria oração.³

Qualquer pessoa que examinar com cuidado os Evangelhos, perceberá que a tônica da vida e do ministério do Senhor Jesus era fazer a vontade do Pai. Examine, por exemplo, João 4:34; 5:30; 6:38; 7:17. Quando ensinou seus discípulos a orar, Jesus incluiu na oração: "Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu". Será que Jesus estava errado? A conclusão óbvia é que não. Não tenho qualquer problema em dizer, ao orar: "se for a tua vontade", pois isto me coloca em boa companhia. Jesus orou assim no Getsêmani: "Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e, sim, o que tu queres" (Marcos 14:36). E novamente: "Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade" (Mateus 26:42). João escreveu ainda: "se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve" (1 João 5:14).
Extraído de:

ROMEIRO, Paulo. Super Crentes: O evangelho segundo Kanneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade. Ed. Mundo Cristão, 1993.

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1. Kenneth E. Hagin, O Nome de Jesus. Rio de Janeiro: Graça Editorial, 1988, p. 70.
2. W. E. Vine, An Expository Dictionary of Biblical Words. Nashville, Tennessee, EUA: Thomas Nelson, 1984, segunda parte, p. 71.
3. R. R. Soares, O Direito de Desfrutar Saúde. Rio de Janeiro: Graça Editorial, p. 11.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

QUAL JESUS??

Autor : Prof. João Flávio Martinez - www.cacp.org.br

"Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me, pois. Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esses de boa mente o tolerais" (2 Coríntios 11.1-4).

"Então lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo" (Marcos 8.29).

"Irmão, eu não estou interessado em qualquer conversa sobre doutrinas que nos dividam. A única coisa que me importa saber é se alguém ama a Jesus. Se ele me diz que ama a Jesus, não me interessa a qual igreja vai; eu o considero meu irmão em Cristo." Naquele momento, não me pareceu que fosse a hora e o lugar certo para argumentar com a pessoa que dizia isso. No entanto, eu me senti compelido a fazer uma pergunta para ela antes que a conversa se encerrasse: "Quando você fala com alguém que lhe diz amar a Jesus, você nunca lhe pergunta: ‘Qual Jesus?'"

Após um breve momento de reflexão, tal pessoa me respondeu que nunca faria tal pergunta. "Não seria simpático".

Sempre que visito alguns amigos de um outro estado, há um homem que me esforço em encontrar. Ele é a alegria em pessoa, um dos homens mais amigáveis que conheço. Mesmo sendo um muçulmano consagrado, ele se declara ecumênico, e orgulha-se do fato de compartilhar algumas das crenças tanto dos judeus como dos cristãos. Ocasionalmente ele freqüenta uma igreja com um de meus amigos e de fato aprecia a experiência e a comunhão. Certa vez em um restaurante, ele estava expondo o seu amor por Jesus para mim e nossos amigos cristãos, e encerrou a sua declaração com as seguintes palavras: "Se eu pudesse rasgar a minha carne de tal maneira que todos vocês entrassem em meu coração, vocês saberiam o quanto eu amo a Jesus." Os sentimentos que envolveram suas palavras foram impressionantes; na verdade, é incomum ouvir este tipo de declaração tão devotada, até mesmo em círculos cristãos.

Estamos falando da mesma pessoa?

Voltando agora para o meu dilema inicial. Eu estava admirando a expressão de amor de meu amigo quando um pensamento preocupante tomou conta de mim: Qual Jesus? Um breve conflito mental aconteceu. Pensei se eu devia ou não lhe fazer tal pergunta. Minhas palavras, no entanto, saíram antes que minha mente tomasse uma decisão. "Fale-me sobre o Jesus que você ama." Meu amigo muçulmano nem hesitou: "Ele é o mesmo Jesus que você ama." Antes de me tornar muito "doutrinário" com meu amigo, achei que deveria mostrar-lhe como era importante definirmos se estávamos realmente falando sobre o mesmo Jesus.

Eu usei o seu vizinho, que é um grande amigo nosso, como exemplo. Ele e eu realmente amamos esse cidadão. Depois de concordarmos sobre nossos sentimentos mútuos, eu comecei a dar uma descrição das características físicas de nosso amigo comum: "Ele tem um metro e setenta de altura, é totalmente careca, pesa mais ou menos uns 150 quilos e usa um brinco em sua orelha esquerda..." Na verdade, eu não pude ir muito longe, pois logo algumas objeções foram feitas. "Espere aí... ele tem quase dois metros, eu gostaria de ter todo o cabelo que ele tem, e ele é o homem mais magro que eu conheço!" Meu amigo acrescentou que certamente não estávamos falando sobre a mesma pessoa. "Mas isto realmente faz alguma diferença?", perguntei. Ele me olhou com incredulidade. "Mas é claro que faz! Eu não tenho um vizinho que se encaixa com a sua descrição. Talvez você esteja falando de uma outra pessoa, mas não de meu bom vizinho e amigo." Então destaquei o fato de que se nós verdadeiramente aceitássemos a descrição que eu acabara de dar, certamente não estávamos falando da mesma pessoa. Ele concordou.

A seguir continuei descrevendo o Jesus que eu conhecia. "Ele foi crucificado e morreu na cruz pelos meus pecados. O Jesus que você conhece fez o mesmo?"


"Não, Alá o levou para o céu logo antes da crucificação. Judas é quem morreu na cruz."


"O Jesus que eu conheço é o próprio Deus, que se tornou homem. O seu Jesus é assim?"


Ele negou com a cabeça e disse: "Não, Alá é o único Deus. Jesus foi um grande profeta, mas somente um homem." A discussão prosseguiu a respeito das muitas características que a Bíblia atribui a Jesus. Em quase todos os casos, meu amigo muçulmano tinha uma perspectiva diferente. Mesmo mantendo-se convencido de que ele tinha o ponto de vista correto sobre Jesus, o fato de que nossas convicções contraditórias não podiam ser reconciliadas pareceu reduzir o seu zelo em proclamar o seu amor por Jesus.


Discussão doutrinária é sectarismo?

Alguns enxergam este meu questionamento como algo não amoroso – como uma prova do sectarismo que a discussão doutrinária produz. Eu o vejo como uma tentativa de clarear o caminho para que meu amigo tenha um relacionamento genuíno com o único Salvador verdadeiro, o nosso Senhor Jesus Cristo – não com alguém que ele ou outros homens, intencionalmente ou não, têm imaginado ou inventado.

Doutrinas, simplesmente, são ensinamentos. Elas podem ser verdadeiras ou falsas. Uma doutrina verdadeira não pode ser divisiva de maneira prejudicial; esta característica se aplica somente a ensinos falsos. "Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles" (Rm 16.17; veja também Rm 2.8-9). Jesus, que é a Verdade, só pode ser conhecido em verdade e somente por aqueles que buscam a verdade (Jo 14.6; 18.37; 2 Ts 2.13; Dt 4.29). O próprio Cristo causou divisão (Mt 10.35; Jo 7.35; 9.16; 10.19), divisão entre a verdade e o erro (Lc 12.51).

"Qual Jesus?" é uma pergunta importantíssima para todo crente em Cristo. Nós deveríamos primeiro nos questionar, testar nossas próprias crenças sobre Jesus (2 Co 13.5; 1 Ts 5.21). Incompreensões sobre o Senhor inevitavelmente se tornam obstáculos em nosso relacionamento com Ele. A avaliação também pode ser vital com respeito à nossa comunhão com aqueles que se dizem cristãos. Recentemente, durante uma rápida viagem aérea, um dos meus amigos, preocupado o suficiente, fez algumas perguntas cruciais à pessoa próxima a ele sobre o relacionamento dela com Jesus. Mesmo tendo confessado ser um cristão, participando há quatro anos de uma comunidade cristã, essa pessoa na verdade não conhecia a Jesus nem entendia o evangelho da Salvação. Meu amigo o levou ao Senhor antes que o avião aterrizasse.


A "unidade cristã"

Com muita freqüência, frases parecidas com "nós teremos comunhão com qualquer um que confessar o nome de Cristo", estão sensivelmente impregnadas de camuflagens ecumênicas. O medo de destruir a unidade domina os que levam a sério este tipo de propaganda antibíblica, até mesmo ao ponto de desencorajar qualquer menor interesse em lutar pela fé. Surpreendentemente, "a unidade cristã" agora inclui a colaboração para o bem moral da sociedade com qualquer seita "que confessa o nome de Jesus."


"Jesus", o irmão de Lúcifer

Os ensinamentos heréticos sobre Jesus incluem todo tipo inimaginável de idéias sem base bíblica. O "Jesus Cristo" dos mórmons, por exemplo, não poderia estar mais longe do Jesus da Bíblia. O Jesus inventado por Joseph Smith, que a seguir inspirou o nome de sua igreja, é o primeiro filho de Elohim, tal como todos os humanos, anjos e demônios são filhos espirituais de Elohim. Este Jesus mórmon se tornou carne através de relações físicas entre Elohim (Deus, o Pai, o qual tinha um corpo físico) e a virgem Maria. O Jesus mórmon é meio-irmão de Lúcifer. Ele veio à terra para se tornar um deus. Sua morte sacrificial dará imortalidade para qualquer criatura (incluindo animais) na ressurreição. No entanto, se uma certa criatura, individualmente, vai passar a sua eternidade no inferno ou em um dos três céus, isto fica por conta de seu comportamento (incluindo o comportamento dos animais).


"Jesus", uma idéia espiritual

O Jesus Cristo das seitas da ciência da mente (Ciência Cristã, Ciência Religiosa, Escola Unitária do Cristianismo, etc.) não é diferente de qualquer outro ser humano. "Cristo" é uma idéia espiritual de Deus e não uma pessoa. Jesus nem sofreu nem morreu pelos pecados da humanidade, porque o pecado não existe. Ao invés disto, ele ajudou a humanidade a desacreditar que o pecado e a morte são fatos. Esta é a "salvação" ensinada pela tal Ciência Cristã.


"Jesus ", o arcanjo Miguel

As Testemunhas de Jeová também amam a Jesus, mas não o Jesus da Bíblia. Antes de nascer nesta terra, Jesus era Miguel, o Arcanjo. Ele é um deus, mas não o Deus Jeová. Quando o Jesus deles se tornou um homem, parou então de ser um deus. Não houve ressurreição física do Jesus dos Testemunhas de Jeová; Jeová suscitou o seu corpo espiritual, escondeu os seus restos mortais, e agora, novamente, Jesus existe como um anjo chamado Miguel. A Bíblia promete que, ao morrer um crente em nosso Senhor e Salvador, a pessoa imediatamente estará com Jesus (2 Co 5.8; Fp 1.21-23). Com o Jesus deles, no entanto, somente 144.000 Testemunhas de Jeová terão este privilégio – mas não depois da morte, porque eles são aniquilados quando morrem. Ou seja, eles gastam um período indefinido em um estado inativo e inconsciente; de fato deixam de existir. Minha comunhão com Jesus bíblico, no entanto, é inquebrável e eterna.


"Jesus", ainda preso numa cruz

Os católicos romanos também amam a Jesus. Eu também o amei da mesma forma durante vinte e poucos anos de minha vida, mas ele era muito diferente do Jesus que eu conheço e amo agora. Algumas vezes ele era apenas um bebê ou, no máximo, um garoto protegido pela sua mãe. Quando queria a sua ajuda eu me assegurava rezando primeiro para sua mãe. O Jesus para quem eu oro hoje já deixou de ser um bebê por quase 2000 anos. O Jesus que eu amava como católico morava corporalmente em uma pequena caixa, parecida com um tabernáculo que ficava no altar de nossa igreja, na forma de pequenas hóstias brancas, enquanto que, simultaneamente, morava em milhões de hóstias ao redor do mundo. Meu Jesus, na verdade, é o Filho de Deus ressuscitado corporalmente; Ele não habita em objetos inanimados.

O Jesus dos católicos romanos que eu conhecia era o Cristo do crucifixo, com seu corpo continuamente dependurado na cruz, simbolizando, de forma apropriada, o sacrifício repetido perpetuamente na missa e a Sua obra de salvação incompleta. Aproximadamente há dois milênios, o Jesus da Bíblia pagou totalmente a dívida dos meus pecados. Ele não necessita mais dos sete sacramentos, da liturgia, do sacerdócio, do papado, da intercessão de Sua mãe, das indulgências, das orações pelos mortos, do purgatório, etc. para ajudar a salvar alguém. Os católicos romanos dizem que amam a Jesus, mesmo quando se chamam de católicos carismáticos, católicos "evangélicos", ou católicos renascidos, mas na verdade eles amam um Jesus que não é o Jesus bíblico. Ele é "um outro Jesus".


"Jesus", o bilionário

Até mesmo alguns que se dizem evangélicos promovem um Jesus diferente. Os chamados pregadores do movimento da fé e da prosperidade promovem um Jesus que foi materialmente próspero. De acordo com o evangelista John Avanzini, cujas roupas chiques refletem o seu ensino, Jesus vestia roupas de marca (uma referência à sua capa sem costura) semelhantes às vestidas por reis e mercadores ricos. Usando uma argumentação distorcida, um pregador do sucesso chamado Robert Tilton declarava que ser pobre é pecado, e já que Jesus não tinha pecado, então, obviamente, ele devia ter sido extremamente rico. O pregador da confissão positiva Fred Price explica que dirige um Rolls Royce simplesmente porque está seguindo os passos de Jesus. Oral Roberts sustenta a idéia de que, pelo fato de terem tido um tesoureiro (Judas), Jesus e Seus discípulos deviam ter muito dinheiro.


O "Jesus" do movimento da fé e das igrejas psicologizadas

Além da pregação sobre um Cristo que era materialmente rico, muitos pregadores do movimento da fé, tais como Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, proclamam um Jesus que desceu ao inferno e foi torturado por Satanás a fim de completar a expiação pelos pecados dos homens. Este não é o Jesus que eu conheço e amo.

O Jesus de Tony Campolo habita em todas as pessoas. O televangelista Robert Schuller apresenta um Jesus que morreu na cruz para nos assegurar uma auto-estima positiva. Para apoiar sua tese sobre Jesus, psicólogos cristãos e numerosos pregadores evangélicos dizem que Sua morte na cruz prova o nosso valor infinito para com Deus e que isto é a base para nosso valor pessoal. Não somente existe uma variedade enorme de "jesuses" que promovem o ego humano hoje em dia, como também estamos ouvindo em nossas "igrejas" psicologizadas que a verdade sobre Jesus pode não ser tão importante para o nosso bem psicológico do que nossa própria percepção sobre Ele. Esta é a base para o ensino atual do integracionista psicoespiritual Neil Anderson e outros que promovem técnicas não-bíblicas de cura interior. Eles dizem que nós devemos perdoar Jesus pelas situações passadas, nas quais nós sentimos que Ele nos desapontou ou nos feriu emocionalmente. Mas, qual Jesus?


Conclusão

A comunhão com Jesus é o coração do Cristianismo. Não é algo que meramente imaginamos, mas é uma realidade. Ele literalmente habita em todos que colocam nEle a sua fé como Senhor e Salvador (Cl 1.27; Jo 14.20; 15.4). O relacionamento que temos com Ele é ao mesmo tempo subjetivo e objetivo. Nossas experiências pessoais genuínas com Jesus estão sempre em harmonia com a Sua Palavra objetiva (Is 8.20). O Seu Espírito nos ministra a Sua Palavra, e este conhecimento é o fundamento para nossa comunhão com Ele (Jo 8.31; Fp 3.8). Nosso amor por Ele é demonstrado e aumenta através de nossa obediência aos Seus mandamentos; nossa confiança nEle é fortalecida através do conhecimento do que Ele revela sobre Si mesmo (Jo 14.15; Fp 1.9). Jesus disse: "Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (Jo 18.37). Na proporção em que nós crentes aceitarmos falsas doutrinas sobre Jesus e Seus ensinamentos, também minaremos nosso relacionamento vital com Ele.


Nada pode ser melhor nesta terra do que a alegria da comunhão com Jesus e com aqueles que O conhecem e são conhecidos por Ele. Por outro lado, nada pode ser mais trágico do que alguém oferecer suas afeições para outro Jesus, inventado por homens e demônios. Nosso Senhor profetizou que muitos cairiam na armadilha daquela grande sedução que viria logo antes de Seu retorno (Mt 24.23-26). Haverá muitos que, por causa de sinais e maravilhas, como são chamados, feitos em Seu nome, se convencerão de que conhecem a Jesus e O estão servindo. Para estes, um dia, Ele falará estas solenes palavras: "...Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade" (Mt 7.23). Mesmo que sejamos considerados divisivos por perguntarmos "Qual Jesus?", entendam que este pode ser o ministério mais amoroso que podemos ter hoje em dia. Porque a resposta desta pergunta traz conseqüências eternas. (TBC 2/95 – traduzido por Ebenezer Bittencourt)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Não quero reinventar a roda

Olá caros leitores...

Neste primeiro post quero esclarecer a intenção desse blog.

Não pretendo publicar nenhum texto escrito por mim, apenas dar uma maior publicidade aos diversos artigos e estudos bíblicos que já li. Com essa publicidade, espero que mais pessoas possam conhecer a verdade da Palavra de Deus, algo praticamente impossível na atualidade em razão dos diversos ventos de doutrinas que assolam as igrejas denominadas cristãs.

Neste tempo pós-moderno, onde tudo é relativo, onde as verdades coexistem, mesmo que sejam opostas entre si, sinto a necessidade de expor o Caminho, a Verdade e a Vida, que só é possível em Jesus Cristo. É por esse amor à verdade, como uma das forma de cumprir a sua determinação de pregar à todas as nações do mundo, que criei este blog, para ser mais um meio da Palavra chegar aos corações dos gentios.


Que Deus nos abençoe!